Looking through a Glass Onion

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When I get to the bottom I go back to the top of the slide, where I stop, and I turn, and I go for a ride

domingo, 23 de novembro de 2008

Breaking to small parts

Da tristeza é que me sai a lágrima indecisa, que, presa no canto dos olhos, insiste em cegar. É agora que eu não quero ter lembranças, e é agora que elas insistem em aparecer, em se reproduzir, para tornar mais difícil o momento da partida; é certo que o momento ainda tarda por vir, o que torna tudo ainda mais aflitivo, porque sei que ainda terei muitas mais lembranças para chorar no momento de voar.
Parece que as lembranças e o passado têm peso, mensurável em gramas, e conforme os anos passam esses miligramas vão acumulando nas costas e nas juntas dos joelhos, e não sei como vou ficar aos 60 anos... E o coração vai fechando para não reclamar, os braços travando para não cansar, as costas reclamando para não abaixar. Sede infinita por novidades, poesias, músicas que me emprestem aquele sopro maravilhoso de vida que uma boa levada de violão nos dá... Brisa leve e fria da poesia recém-descoberta, do autor inesperado, do novo vício. E 'suddenly', percebo que meu texto tem mais reticências do que costuma ter, e isso me irrita. Não gosto de reticências, não gosto. Principalmente quando mal utilizadas, no lugar da pontuação correta. "Marilia, não faça isso..." em vez de "marilia, não faça isso!". É bem diferente. Dá pra notar a diferença, n dá? É... Sei la.

E isso não é pra ser um post de blog-diário-de-menininha, apesar de ser pessoal e tão estranho que quase inconsciente. É só um vômito de pensamentos mal digeridos, de crise-dos-18, talvez. Pré-crise de pré-adulto, se pá.

Eu queria escrever alguma coisa.