Texto feito no ano passado, mais ou menos setembro.
Certo dia olhava meu reflexo no espelho. De repente me enxerguei; não com meus olhos, mas com olhos frios, distantes, externos; olhos do mundo. Só assim me enxerguei como realmente era: uma menina comum, com o mesmo jeito de olhar e de falar de todas as outras meninas, igualmente comuns...
Foi nessa hora que vi como minha existência era irrelevante. Apenas mais um corpo que nasceu, e que um dia vai morrer! Por que, então, sempre me considerei tão especial e diferente, quando na verdade eu era como todo mundo; por que, por algum segundo, me passou pela cabeça que o que importava era EU? Meus sentimentos, minhas vontades...
Faz parte do ser humano ser egoísta, até ele descobrir e aceitar sua insignificância. Então tudo muda em sua forma de encarar a vida. Assim descobrimos que é justamente na irrelevância que reside nosso valor; não existe conjunto sem unidade, e cada unidade é IGUALMENTE importante. Isso não quer dizer, de modo algum, que devemos dar menos valor às nossas vidas individuais; pelo contrário, devemos dar mais valor à ela e aos que nos rodeiam, pois assim passamos, efetivamente, a pertencer à raça humana, e ao planeta, ao universo, à vida: tratando tudo como parte de si.
E você, pretende assumir sua insignificância?
segunda-feira, 10 de abril de 2006
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2 comentários:
Assuma a insignificância ou assuma o egoísmo. O grande negócio é ser o melhor, Bebê. Se no nosso planeta, o ser mais evoluído é tão insignificante quanto o menos, o que fazer? Sentar e chorar? Não, a minha opção é ser o melhor que eu posso ser. Minha pretensão é ser o rei dos vermes? Foda-se, melhor do que ser o verme dos vermes.
"And life goes on within you and without you..."
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