Looking through a Glass Onion

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segunda-feira, 2 de julho de 2007

Amor Armado

Para amar, o Amor Armado não se entrega nem conquista – amantes como comparsas, beijos como atentados. Amor Armado não é armistício na guerra dos sexos; Mais que isso: o Amor Armado não se amarra a gêneros. Amor Armado foge das amenidades – tais armadilhas da aristocracia que amansam a paixão pelo que não cabe nas veias. Amor Armado é cor liberta do sangue e o sangue liberto da dor. Amor Armado é a insurgência sem rancor.

O Amor Armado não sai do armário por nunca ter se escondido lá. O Amor Armado não teme ser vermelho, mas prefere sensuais sombras acolhedoras. O Amor Armado não é mártir de qualquer marcha revolucionária – é seu esquecido maestro malicioso. O Amor Armado amanhece em mansidão inquieta, mantém sua sede insaciável, manejando artísticamente seu ardor amável – um amálgama de Ares e Afrodite.

Amor Armado nos desamarra das certezas na marra. Só o Amor Armado nos amamenta de ardor.




este texto não é meu.
textos do incrível e insano 'dan.' são encontrados em: http://pornographics.vox.com

4 comentários:

Anônimo disse...

eu ainda acharia mais legal se você tivesse publicado como se fosse seu.

não dê créditos. as idéias estão nas mentes de todos. nunca leu algo que você sempre quis dizer, só que não sabia como? algo que sempre esteve em sua mente, que você sabia ser parte de você... é isso.

Anônimo disse...

Parece muito com as letras do Humberto Gessinger nos primeiros albuns, tanto na temática quanto no estilo que abusa de assonâncias e aliterações. Vc tem alguma influência direta dele?

Anônimo disse...

Parece muito com as letras da desconhecida carreira musical de Maurício de Souza, boicotada por uma indústria cultural sedenta por Turma da Mônica, o nosso Mickey Mouse tupiniquim. Suas líricas vermelhas misturadas com ricas assonâncias e cacófatos proporcionaram aos subversivos da época um dos melhores guizados culturais já vistos em nossa querida Pindorama. Um abração.

Anônimo disse...

Ele é o vocalista do Engenheiros do Hawaii, não é tão desconhecido assim. No começo da carreira as letras não eram tão ruins, dá até pra encontrar umas citações de Sartre e Camus, esses, se vc não conhece(sem ironias), realmente vale a pena ir atrás.
Abraços