O túnel consiste numa noite frenética e um dia insone.
Relâmpagos eternos de epifania inerte iluminam cada centímetro de pedra pintada.
As idéias não calam -- não conseguem dormir.
As idéias não criam -- não sabem acordar.
Passe sem ver: tantas luzes expulsam o olhar para frente
Sinta sem ser: a piedade hipócristã alivia a alma do crente
Aceleram no túnel com tanto barulho e tanto amarelo
Os atores (com muito esmero) ensaiam sua peça dia e noite sem saber
que sua platéia é cega
surda
e muda.
Ensaiam seus próprios dramas sem saber que não há ficção
Há apenas o túnel que não dorme
e a luz que não desmaia.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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