Looking through a Glass Onion

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When I get to the bottom I go back to the top of the slide, where I stop, and I turn, and I go for a ride

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Flowing more freely than wine

É nesse por-do-sol eterno que eu vou encontrar a porção que me falta de qualquer coisa que valha a pena; é esse fim de por-do-sol infinito e anil que eu vou encontrar a falha que me cava dia-a-dia, unha-a-unha, me sangrando e me inflamando, continuamente......




Ondeando no concreto há a alma que não sabe se lavar, não sabe se secar, não sabe se livrar.

O garoto-muito-menino com olhos verde-água segue na estrada que já se sabe onde vai dar; corre de quando em quando, só por desencargo de consciência, arfando sempre, sempre com pressa, quer chegar.

A alma do concreto, o menino na estrada, se ligam por qualquer elo muito delicado de pensamentos distantes e sonhos incríveis que se perdem, se ligam novamente, e são os olhos verde-alma que atraem qualquer carga de afeição inconsciente, inconsistente, fading away...

O concreto, a água, a poeira da estrada que sobe e todos seguem pro mesmo rumo. Qualquer porção de beleza no meio do caminho é uma dádiva, um tesouro do desespero, e desperdiçá-la com conversas fúteis só pode ser considerado um crime.

Versos que se compõem em pedaços longos, longos demais para versos, e ainda assim é poesia, é suave, e se é suave há de ser poesia.

Cantinhos de sonho na minha mente se dão as mãos para me alegrar, me tirar do mundo, e não me diga que é covarde fugir, porque não é. Eu fujo e crio, crio a vontade, o som, a cor, e fico feliz.

9 tempos de batidas inconstantes, esse som já me perturba, mas ainda assim vou atrás dele porque é o que me tira do meu estado habitual. O som que só serve de fundo, para me alucinar, e quase que mata a mente da menina tão natural em sua pose na cadeira, a menina da alma no concreto ondulante, a menina do menino de olhos-água-alma, a garota que martela no ritmo dos nove tempos de música tão estranha, e a alma que corre na estrada, levanta o pó de alergias tantas, alergias passadas, alegrias enterradas, corre para o destino certo de todos, o mar calmo de muitas ondas, de muitos cantos, de praia roxa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!1
Lindo
lindo lindo lindo!
Sabe que eu me identifiquei com esse texto?
Tenho saudades de conversar com você sobre essas coisas... os sonhos, as fugas, os caminhos que a gente já sabe onde vão dar, os meninos-com-olhos-de-cores-do-mundo, sobre desespero, sobre medo, sobre cores e poesia, enfim...
sobre tudo.
Acho que vou chorar...
hehe
Sabe que eu e o andré tinhamos um blog? a gente nunca escrevia, mas agora eu voltei a escrever nele...porque acho que tem épocas na vida que a gente tem uma necessidade muito grande de escrever. Então agora eu escrevo todos os dias quase...
Eu coloquei um link pro seu blog lá.
Te amoo, Maaaaaaaaaaa!!!
=)
Beijos,
Mari.

Anônimo disse...

Caramba!
o pior é que eu SABIA que as nove batidas eram em relação a essa música. hahaha
e achava que tava óbvio.
aí quando você veio me contar que era dessa música...eu fiquei pensando 'nossa...mas será que não tava óbvio?'
aí eu voltei a ler e percebi que sei lá...não tem muito como imaginar que é da música, não sei como eu tive tanta certeza. ahahha
acho que é porque eu ouço muito essa música, aí logo quando eu li eu já associei.
por isso que disse que me identifiquei com esse texto.
a gente pensa muito parecido, maaa.
acho que a gente ouve muito beatles!
hhahaha

é isso.
beijos
mari