Entre as mãos do maestro cabe a vida. Suas mãos criam perturbações no ar que se prolongam em sons, em cordas, e a música quase que se transforma em matéria líquida, tão densa que entra nos ouvidos.
Minha mente salta de canto em canto criando as cores que alguém se esqueceu de adicionar à paleta: as cores já estão presentes para quem as sentir, é preciso apenas pintar.
Toda essa espiral de sons líquidos, cores ocultas e alma pulsante rodeia tendo como epicentro os dedos e o braço, a respiração e o ritmo do garoto de pé no palco.
O universo circulando ao seu redor e ele se ausenta da sala. Sua música vem de qualquer canto das entranhas de alguma espécie de relíquia, quando ele volta à sala enorme de aplausos, funda em emoção, só para de despedir olhando muito nos olhos, deixando no vácuo a multidao de almas saciadas.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
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